sábado, 21 de fevereiro de 2009

SERÁ QUE O PORTO ATRAPALHA O EQUILIBRIO AMBIENTAL?!




A crise financeira global atingiu em cheio o complexo siderúrgico que o grupo EBX, do empresário Eike Batista, planeja construir na área do Porto do Açu, em São João da Barra. A queda na demanda do aço fez com que dois gigantes do setor, a norte-americana Ancor e a ítalo-argentina Techint, suspendessem temporariamente seus projetos, estimados em cerca de R$ 20 bilhões. Juntas, as siderúrgicas prometiam criar mais de 10 mil postos de trabalho diretos e indiretos, beneficiando toda a região. Como se não bastasse, a Anglo American, quarta maior mineradora do mundo em valor de mercado, que opera um investimento de R$ 10 bilhões no empreendimento, anunciou que revisou o cronograma do projeto de minério de ferro Minas-Rio em seis a 12 meses, diante da retração do mercado do aço. A turbulência também adiou os estudos de uma montadora asiática para a construção de uma fábrica no local, até, pelo menos, a "tempestade" passar. Mas a LLX braço logístico do grupo de Batista, garante que não suspendeu as obras do porto. Segundo a empresa, todas as atividades para este ano estão sendo executadas, dentro do cronograma do Consórcio ARG/Civilport. No primeiro trimestre começa a construção do quebra-mar, devendo contratar mais 100 trabalhadores, que se somarão aos atuais 1,5 mil operários e aumentar o número de caminhões envolvidos na obra. A LLX confirma que o porto, de R$ 2,5 bilhões, entra em plena operação em 2010. "Estamos com o nosso cronograma em dia e temos certeza de que a crise não vai afetar em nada", afirma o gerente do porto, Romeu Rodrigues. A prefeita de São João da Barra, Carla Machado, está confiante que a crise financeira não dure muito tempo. "Sabemos que o mundo passa por um momento delicado. O que pode acontecer é uma retração momentânea, mas estamos confiantes de que tudo corra de acordo com o planejado". (Folha da Manhã, edição de domingo, 25-01-09)

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