sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

ARTUR GOMES NO PONTAM NESSE FIM DE SEMANA!



Após a estréia e a lua cheia, o espetáculo “Pontal” chega à sua terceira e última semana, que encerra sua primeira temporada de exibição. Porém, antes de refazer o caminho da lua e sair de cena, deixando o show por conta da natureza que inspirou o texto e serve de palco à sua encenação, a peça poderá ser vista e revista, já que será reapresentada hoje, amanhã e sábado, no bar do Bambu (Neivaldo), em Atafona, sempre às 21h, com entrada franca. E, para aqueles que retornam ao palco improvisado no estabelecimento que um dia serviu de garagem a lanchas, uma surpresa: o jovem estreante gaúcho Mairus Stanislawski cede lugar ao veterano ator Artur Gomes.


De volta a Campos após se apresentar, no Parque de Ruínas de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, no ultimo dia 31, com o projeto “Pop, rock, poesia & outros baratos afins”, Gomes recebeu o convite de Kapi, o diretor de “Pontal”, para se juntar ao espetáculo, cuja apresentação o primeiro ainda não havia conferido, graças à temporada fora, apesar de com ele haver colaborado como autor.






— O convite foi natural. Quando surgiu a necessidade de Mairus se retirar, Kapi pensou logo em mim. Além da amizade de longa data que ele, Aluysio e eu nutrimos, há na peça um texto meu. Não coincidentemente, o poema se chama “Pontal”. Uma homenagem a Ana Augusta Rodrigues, pesquisadora do folclore campista que morou muito tempo em Ata-fona, o poema foi escrito na década de 70 e publicado pelo grupo Universo na coletânea de poesias de autores campistas chamada “Ato 5” — conta Gomes.






Procurado assim que retornou de viagem, Gomes não perdeu tempo e começou uma jornada intensiva para estar preparado para a apresentação da noite de hoje.


- Quando cheguei do Rio de Janeiro, Kapi me procurou. Estamos ensaiando desde terça-feira. Apesar de não ter visto as apresentações anteriores, a poesia de Aluysio não me é desconhecida. Já interpretei poemas dele em diversos Festivais, então conheço a sua lingaugem, suas referências e o seu talento. Virei a madrugada de terça para quarta-feira memorizando o texto. Ontem, trbalhamos as partes individuais, e, hoje, das 18 as 21h, de poertas fechadas, quando trabalharemos as passagens coletivas - revela.


Kapi - que chegou a considerar substituir Mairus ele próprio, mas recuou ao perceber as implicações à função de diretor - está confiante e garante que os ensaios tem sido proveitosos.


- Por se tratar de Artur Gomes, um ator de primeira grandeza, o processo está sendo tranquilo. Vai ser interessante ver um dos autores em cena. Logicamente, o espetáculo vai sofrer algumas modificações, porém acredito que crescerá na mesma medida. Artur é experiente. Sua trajetória data da década de 70. Tem muita estrada. Só isso já é garantia de que dará conta do recado. Além disso, traz toda uma experiência e uma vivência de do Pontal de Atafona em sua plenitude, bem como a sua visão poética do seu estágio atual, daí resolvemos incluir no espetáculo o seu poema - Pontal Foto.Grafia. O seu outro poema é datado da década de 70, este é da década de 90, quando o Pontal já estava em processo de devastação.


Pontal - cuja dramartugia é compsota a partir de 16 poemas de Aluysio abreu Barbosa, dois do teatrólogo Antônio Roberto Kapi, que assina a Direção e Cenografia do Espetáculo, dois do multiartista Artur Gomes e um de Adriana Medeiros, gira em torno de uma conversa entre pescadores, personagens tão comuns ao dia-a-dia atafonense.


Vividos ainda, pelos atores Yve Carvalho e Sidiney Navarro, esses homens do mar transformam


as emoções dos autores em uma contação de causos muito familiares aos veranistas e moradores do balneário.


Quem quiser conferir os poemas que deram origem ao espetáculo pode acessar o blogCantos, na Folha Online: www.fmanha.com.br/cantos, ou o blog http://mostravisualdepoesiabrasileira.blogspot.com Lá se encontra na íntegra 20 trabalhos que compõem a dramartugia da peça.