domingo, 2 de agosto de 2009

Surfistas pela sustentabilidade


Os surfistas estão se empenhando em ser coerentes com suas práticas. As pranchas, que têm um processo de produção altamente poluente e geram mais quilos de resíduos do que seu próprio peso, são apenas um dos problemas. Para tentar reduzir os impactos do surfe na natureza, foi criada a Aliança dos Surfistas pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade.

A iniciativa faz parte do Programa Surfe Sustentável, da Ecosurfi - Entidade Ecológica dos Surfistas, e foi concretizada por meio de parceria com a AUS - Associação Ubatuba de Surf e a Prefeitura Municipal de Ubatuba, por meio da Secretaria de Meio Ambiente.

PROPOSTA
Ao longo do ano, serão realizados seminários de conscientização no estado de São Paulo, que prevêem rodas de conversa, oficinas lúdicas, palestras e vídeos seguidos de uma dinâmica para entender qual é a percepção dos surfistas a respeito do surfe e da própria interação que eles têm com o meio ambiente. A partir do conhecimento e das perspectivas dos participantes, serão colhidas propostas que, futuramente, serão dispostas em um documento, a Carta de Responsabilidades dos Surfistas para Sociedades Sustentáveis.

A proposta-base terá alguns eixos básicos:
- aquecimento global;
-o papel do surfista;
- surfe e gestão costeira;
- cultura do surfe e consumo crítico e
- surfe e juventude pelo meio ambiente.

Um dos encontros já aconteceu em Ubatuba, em junho, e contou com a presença de campeões de surfe, ONGs, representantes da prefeitura e fabricantes de prancha, entre outros setores ligados à questão. Conectar esses diversos segmentos é o principal objetivo da Aliança. Os próximos seminários serão realizados em Santos, no próximo mês, e na cidade de São Paulo, em setembro.

Para João Malavolta, dirigente da Ecosurfi, uma das motivações da Carta, será levá-la para as escolinhas de surfe para que sirva como referência de práticas sustentáveis aos iniciantes. “Nossa maior preocupação é com a conscientização. Com as informações certas, o surfista pode fazer escolhas mais conscientes”.

Uma delas deveria ser as pranchas, cujo processo de produção gera excesso de resíduos descartados no lixo comum. Pensando nisso, uma outra ideia é lançar um selo verde que certifique os fabricantes de prancha de acordo com as normas da CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, ligada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

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