segunda-feira, 6 de abril de 2009

LOCOMOTIVA LANÇADA DESAGRADA!

No final da exibição do filme “A Locomotiva”, sobre a vida de Eurico Miranda, o ex-presidente do Vasco torceu o rosto e fez um sinal de mais ou menos. A cena aconteceu nesta segunda-feira, no auditório da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, em uma sessão para convidados da entidade. De certa maneira, a reação de Eurico contou pontos para o cineasta Milton Alencar, que se esforçou para não fazer um filme chapa-branca.

Na maior parte dos 56 minutos de duração, o diretor consegue atingir o objetivo. De carona na biografia escrita por José Louzeiro, que assina o roteiro, Alencar equilibra prós e contras sobre o polêmico personagem. Logo no começo, enquanto um Eurico, dono da situação, sobe o túnel do Maracanã em dia de jogo contra o Flamengo, o filme explica que o Vasco se encaminhava para virar time pequeno na década de 1960. Até surgir ele, o “salvador”. Mas logo depois, uma irada torcida irrompe na tela xingando o dirigente.

Afagos e críticas se alternam. O presidente licenciado do Flamengo, Márcio Braga, se considera uma antítese de Eurico. Um torcedor pondera que nem Jesus Cristo foi unanimidade. O jornalista Sérgio Cabral diz que considera Eurico um agente rubro-negro infiltrado no Vasco. E que, por causa do ódio que ele desperta, muitas pessoas deixaram de torcer pelo clube. Ao mesmo tempo, aparecem cenas de doação de cestas básicas.

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